domingo, 21 de junho de 2009

Brasil Investe no KC-390 da EMBRAER





Na LAAD de 2007 a EMBRAER anunciou o projeto C-390, um avião de transporte militar baseado em componentes e estruturas da família de jatos BEM-170-190. No caso seriam usados especificamente sistemas e estruturas do BEM-190.

Dois anos após, no dia 14 de Abril de 2009, no primeiro dia da LAAD 2009 a EMBRAER e o Comando da Aeronáutica assinavam o contrato de desenvolvimento do KC-390.


Se uma letra foi adicionada à designação inicial as premissas originais da EMBRAER foram completamente alteradas. De uma oportunidade de negócio da empresa, explorar um nicho do mercado, passou a ser um projeto da Força Aérea Brasileira.

A formalização ocorreu em duas oportunidades. A primeira quando a FAB e a EMBRAER, nas pessoas do seu comandante Brig Juniti Saito e o Diretor-Presidente da EMBRAER Frederico Curado assinaram o documento da formalização do projeto. E na segunda oportunidade no dia 23 de Abril, quando foi publicado no Diário Oficial o tamanho do compromisso com o projeto. (Ver quadro abaixo)

O KC-390

O avião todo foi alterado, em relação à versão inicial. A necessidade de adequar às especificações da FAB assim como agregar mais capacidades levou a que o projeto fosse todo revisado.

As alterações incluíram tanto a parte estrutural, da concepção, como de componentes. Como exemplo as turbinas que precisam agora ser de uma classe de potência superior à usada no EMB 190.

O projeto como apresentado
em 2007 e a atualização de 2009.

Outra alteração significativa foi a da parte dianteira da aeronave. O projeto de uma nova estrutura também permitirá o emprego de aviônicos mais adequados às operações militares. Como dois HUD (Visor Frontal) e telas compatíveis com Óculos de Visão Noturna (NVG) da tripulação.

As alterações podem ser percebidas no desenho abaixo como apresentado em 2007 e o projeto atual em 2009. Liberado da restrição de empregar o máximo possível de componentes do BEM-190 a equipe de projeto pode se dedicar a um projeto militar desde o início.

Assim a alteração da cauda foi um passo lógico permitido mais altura para manuseio de cargas.

O processo de procura do motor, como dos outros sistemas, ocorrerá ao longo dos próximos dois anos, embora o motor, como um dos sistemas principais, deva ser um dos primeiros a serem definidos.

"Estamos em contato com todos os fabricantes que têm produtos na faixa de interesse", informa .

Os requisitos

Aeronave de transporte tático, com rampa traseira, com capacidade para:

• Transporte de carga paletizada, containers, tropa, veículos etc..
• Lançamento de pára-quedistas e carga, incluindo extração a baixa altura (LAPES)
• Configurável para missões de evacuação aeromédica (+ 80 macas)
• Configurável para aeronave reabastecedora e podendo ser reabastecida em vôo
• Capaz de carregar 1 VBTP-MR, ou 1 LAV-25, ou 1 EE-11 Urutu ou 3 HMMWV ou Marruás
• Aviônica no estado-da-arte, compatível com Óculos de Visão Noturna (NVG), permitindo vôo noturno e diurno em qualquer tempo
• Capaz de operar em pistas curtas e semi-preparadas
• Certificação civil pelo RBHA 25 (FAR Part 25)

O Compromisso da FAB

A publicação no Diário Oficial da União, dia 23 Abr 2009, do Extrato de Inexigibilidade de Licitação Nº 1/2009, mostra um Comando da Aeronáutica lançando uma cuidadosa projeção de gerenciamento, não só para o futuro, mas também muito com o presente.

O Comando da Aeronáutica contrata o desenvolvimento e produção de dois protótipos, mais todas a documentação e ferramental associados, por um valor de R$ 3,028 Bilhões.

As implicações estratégicas deste movimento são inúmeras. Primeiro para o próprio Projeto do KC-X ao indicar um horizonte financeiro e viabilizá-lo sem as agruras e incertezas orçamentárias.

Segundo, fortalecer a EMBRAER e a própria FAB quando em discussões com países e empresas candidatas a parcerias de risco.

Terceiro, a garantia de uma injeção de recursos em um momento crítico com o início próximo das discussões da fase das contrapartidas comerciais dentro do Projeto F-X, onde a EMBRAER tem presença relevante.

E por último e não menos importante sinalizou ao mercado de aviação mundial que o governo brasileiro de uma forma ou outra dentro da legislação atual estará apoiando com créditos para projetos a empresa.

Garante assim as chances de ter projeto competitivo em disputar um mercado de mais de 600 aviões de transporte, na faixa de 20 toneladas, essencialmente antigos Hércules C-130 com mais de 25 anos de uso. Estão em uso por países que não comprometeram-se com projetos como o europeu Airbus A-400M ou já contrataram o C-130J da americana Lockheed Martin.


FONTE: DEFESA NET

Opinião: A FAB devera adiquirir um minimo de 25 unidades deste novo avião para substituir os atuais C-130, que ja deram o que tinham que dar.Com certeza este sera mais um projeto militar brasileiro que fara sucesso, a exemplo da familia tucano.

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